No início do livro de Hebreus (1:1-4) lemos estas declarações sobre Cristo:
1. A mensagem que Cristo nos deu, é semelhante à dos profetas (v. 1), ou seja: Jesus Cristo é Profeta. Esta função já estava predita no Velho Testamento. Os profetas do Velho Testamento eram os porta-vozes de Deus, os seus mensageiros. Jesus é a revelação suprema do Pai, de sua vontade, de seus propósitos e de seus desejos.
2. Ele fez a purificação dos nossos pecados (v. 3), isto é: Jesus Cristo é Sacerdote. Também predita no Velho Testamento, esta função era representada por integrantes da tribo de Levi. Os Sacerdotes eram os mediadores entre o Deus santo e os homens pecadores. Realizavam o serviço de oferecer os sacrifícios e de interceder pelo povo. Cristo é o único sacerdote perfeito e exerceu a sua função oferecendo-se a si mesmo, na cruz (Hebr. 7:24-28), para nossa salvação.
3. Ele não somente é o autor de todas as coisas, mas também é apresentado como o herdeiro de tudo (v. 2), isto significa que Jesus Cristo é Rei. Em muitos trechos do Velho Testamento encontramos menção à majestade e ao reinado de Cristo. Rei dos Reis, que vence o inimigo e assegura a vitória para si e para o seu povo!
Estes ofícios, que bem descrevem a obra de Cristo, têm sido identificados na Palavra de Deus por teólogos de todas as eras: Jesus Cristo é nosso Profeta, Sacerdote e Rei.
Nos últimos anos uma pregação um tanto ou quanto estranha, tem achado guarida em nossas igrejas: ela diz que é possível alguém ter aceito a Jesus como salvador, mas não como senhor, e conclama as pessoas a darem este "segundo passo", aceitando a Cristo como senhor. Muitas reuniões de jovens terminam com este tipo de apelo, popularizado em um pequeno folheto entitulado: "As quatro Leis Espirituais".
Ocorre que a pessoa de Jesus Cristo é indivisível, bem assim como suas funcões. Ele entra em nossa vida como Salvador (Sacerdote) e Senhor (Rei).
Como Profeta, Ele é a palavra de salvação, direcionamento, admoestação, correção e julgamento, ou seja, interliga os aspectos de ser Senhor e Salvador.
Quando pecamos, estamos indo contra o seu posicionamento como senhor de nossas vidas. Quando estamos envolvidos em algo errado, estamos negando a regência que ele tem por direito. Ele nos castiga, como rei que é. Ele nos ama e nos quer arrependidos ao pé da cruz, para o recebimento do prometido perdão, pois é o nosso Salvador.
A Bíblia não dá conforto a ninguém com a duvidosa proposição de que você vai vivendo, tendo Jesus só como salvador, e permanecendo no pecado, até que um belo dia você o chama para ser o seu senhor... A Bíblia desconhece esta situação e àqueles que vivem em pecado os manda examinarem a salvação que professam.
O verdadeiro crente possui uma vida caracterizada pela obediência (João 14:15 e 23; 1 João 1:6). Não anda necessitado de uma "segunda bênção" ou de uma "segunda conversão". Ele precisa ter o Espírito Santo no domínio de suas ações, ser cheio do Espírito, subjugar a sua natureza pecaminosa, mas ele jáfoi resgatado por Jesus Cristo, o glorioso Messias - Senhor e Salvador: Profeta, Sacerdote e Rei.
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