Ler Romanos 8:25-28; 11:33-36
1. Introdução : Nome conhecido no meio reformado; Conexão com o Presbiterianismo pela doutrina e pela influência exercida em John Knox (quando Knox esteve refugiado em Genebra: 1555-1558).
2. Cronologia:
Idade |
Ano |
Comentário |
0 |
1509 |
Nascimento, em 10 de julho, na França. Tinha 8 anos quando Lutero pregou as 95 Teses, em 1517
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19 |
1528 |
Inicia estudos de Teologia
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20 |
1529 |
Atendendo vontade do pai, muda para Direito
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22 |
1531 |
Inicia estudos de Grego e Hebraico. Penetra na Bíblia
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23 |
1532 |
Data provável da Conversão
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23 |
1532 |
Conversão
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24 |
1533 |
É acusado de heresia
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25 |
1534 |
Foge para Suíça
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27 |
1536 |
Primeira edição das “INSTITUTAS” (Melhor tradução: Fundamentos da Religião Cristã)
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29 |
1538 |
Conflito civil/eclesiástico. Sai de Genebra. Vai para Strassburgo. Casa. Escreve Comentário de Romanos
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31 |
1540 |
Volta a Genebra, a convite
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50 |
1559 |
Última edição das “Institutas” (cinco, ao todo)
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55 |
1564 |
Vem a falecer
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3. A Conversão de Calvino: (trecho de carta à Sadoleto – uma luta com Deus tão intensa, como foi a de Lutero)
“Deus em Sua secreta providência, freou-me e colocou-me em novo rumo. De início, embora eu fosse obstinadamente entregue à superstição do papado, o que dificultou tremendamente a minha retirada das profundezas do lamaçal, contudo, através de uma conversão repentina, Ele subjugou meu coração, tornando-o maleável, um coração, que não obstante a idade, encontrava-se excessivamente endurecido para tais assuntos”.
4. Base Principal da Teologia de Calvino:
A Doutrina da Soberania de Deus.
a. Ler apenas de Isaías:14.24 - 37.26 - 40.22 (ler comentário de Calvino) 46.9-11 (ler comentário de Calvino)55.11 (ler comentário de Calvino)
b. Os Cinco Pontos do Calvinismo (TELIP):
(1) Total Depravação (Isa. 64.6; Rm 3.23)
(2) Eleição Incondicional (Isa 65.1)
(3) Limitada Expiação (Ef 5.25; Jo 10.3-4; 11; 15-16; 27; At 20.28; Hb 9.28; Ap 5.9)
(4) Irresistível Graça (Jo 1.12-13)
(5) Perseverança dos Santos (Is 54.10; Jo 5.24; 10.28; Rm 5.10; 8.30)
c. O pensamento de Calvino é mais próximo do que pensamos, das convicções de Lutero (Lutero escreveu: “A Prisão do Arbítrio” publicado em português como “Nascido Escravo”, ed. Fiel)
5. Influência de Calvino.
a.Atingiu todas as denominações –
A ênfase teológica, na realidade, procede de João à Paulo à Agostinho à Calvino
Calvino à Igrejas Reformadas
- Presbiterianos
- Congregacionais
- Batistas
b.Confissões históricas:
1561 – Confissão de Fé da Bélgica
1563 – Catecismo de Heildeberg
1571 – Trinta e Nove Artigos de Fé (Anglicanos)
1618 – Canons de Dordrecht (Dordt)
1648 – Confissão de Fé de Westminster (Presbiteriana)
1689 – Confissão de Fé de Londres (Batista)
6. Ênfases de João Calvino: Ele não originou doutrinas, mas à Sistematizou verdades das Escrituras!
5 Áreas chaves:
a. Dependência nas Escrituras: Autoridade,Suficiência.
Escreveu seus Comentários em quase toda a Bíblia
b. Forma de Governo da Igreja
Representativa, eleita. Presbiteriana (presbitérios/sínodos/assembléias).
Independente do Estado
Não existe autoridade humana mística, nem transmissão de geração em geração
c. Teoria da Sociedade Civil
Bibliocracia
Não prescreve forma administrativa (monarquia/aristocracia/democracia)
Qualquer que seja, a autoridade é recebida de Deus, para Igreja e para o Estado. Nenhum está sujeito ao outro – atuam em esferas diferentes.
Contrasta com a idéia moderna do ESTAO SECULAR, que é divorciado da Igreja, da religião e também da Lei Divina.
d. Virtude Cristã e o “CHAMADO”
Restauração da dignidade pessoal (Povo não era “gado”)
Teologia Sã
Excelência Moral
Glorificação de Deus em todas as esferas, para as quais Deus lhe vier a chamar.
e. Evangelização (alguns acham isso estranho - não é ele o “inventor” da predestinação?). “Jesus veio para estender sua graça sobre todo o mundo”. (Trechos extraídos do Artigo de Joel Beeke – João Calvino como Professor de Evangelismo)
O Pai não irá mostrar “apenas em um canto, o que a verdadeira religião é, mas Ele enviará Sua voz aos limites extremos da terra”. [1] Jesus veio “para estender Sua graça sobre todo o mundo”. [2] E o Espírito Santo descendo para “alcançar todos os confins e extremidades do mundo”. [3] Em suma, uma incontável multidão “a qual será levantada por toda a terra”, irá ser nascida de Cristo. [4] E o triunfo do reino de Cristo irá se tornar manifesto em qualquer lugar entre as nações. [5]
Como irá o Deus Trino estender o seu reino através do mundo? A resposta de Calvino envolve tanto a soberania de Deus como a nossa responsabilidade. Ele diz que a obra do evangelismo é obra de Deus e não nossa, mas que Ele usará os Seus servos como Seus instrumentos. Citando a parábola do semeador, Calvino explica que Cristo semeia a sua palavra de vida em todo o lugar (Mt 13:24-30), fazendo crescer Sua Igreja não por meios humanos, mas pelo poder celestial. [6] O evangelho “não cai das nuvens como chuva”, no entanto ele é “trazido pelas mãos de homens que vão aonde Deus os mandou”. [7] Jesus nos ensina que Deus “usa o nosso trabalho e nos impulsiona para ser Seus instrumentos no cultivo do Seu solo”. [8] O poder reside em Deus, mas Ele revela a Sua salvação através da pregação do evangelho. [9] O evangelismo de Deus causa o nosso evangelismo. [10] Nós somos os seus cooperadores, e Ele nos permite participar da “honra de constituir Seu Filho governador do mundo inteiro”. [11]
Calvino ensinou que o método ordinário de “tornar coletiva a igreja” é por meio da voz exterior dos homens; “porque Deus mesmo pode trazer por sua secreta influência, no entanto ele ainda emprega a agência do homem e desperta em nós uma ansiedade sobre a salvação um do outro”. [12] Calvino vai mais longe, chegando a dizer: “Nada retarda mais o progresso do Reino de Cristo do que a insuficiência dos ministros”. [13]
[1] Comentário em Miquéas 4:3.
[2] João Calvino, Sermons of M. John Calvin on the Epistles of S. Paule to Timothy and Titus, trans. L. T. (Edinburgh: Banner of Truth Trust reprint, 1983), sermon on 1 Timothy 2:5-6, pp. 161-72.
[3] Comentário em Atos 2:1-4.
[4] Comentário nos Salmos 110:3.
[5] T.F. Torrance, Kingdom and Church (London: Oliver and Boyd, 1956), p. 161.
[6] Comentário em Mateus 24:30.
[7] Comentário em Romanos 10:15.
[8] Comentário em Mateus 13:24-30.
[9] João Calvino, Institutes of the Christian Religion, ed. John T. McNeill and trans. Ford Lewis Battles (Philadelphia: Westminster Press, 1960), Book 4, chapter 1, section 5.
[10] Comentário em Romanos 10:14-17.
[11] Comentário nos Salmos 2:8.
[12] Comentário em Isaías 2:3.
[13] Jules Bonnet, ed., Letters of Calvin, trans. David Constable and Marcus Robert Gilchrist, 4 vols. (New York, reprint), 4:263.
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